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Tipos de carga: saiba quais são os mais populares no Brasil

O transporte rodoviário é uma das modalidades mais relevantes para a economia do Brasil, pois, grande parte da produção é transportada pelas estradas e rodovias. O interessante é que esse modal permite que rotas flexíveis sejam criadas, o que viabiliza diversos tipos de carga.

Entre as vantagens estão a acessibilidade, a facilidade para contratar e organizar o transporte e a diminuição da burocracia. Apesar de as condições das vias não serem as melhores, o governo brasileiro investe constantemente na modernização de estradas e em outros trechos há pedágios, destinados às manutenções feitas por empresas concessionárias.

Como existem várias possibilidades de realizar o transporte de cargas, é interessante que o motorista saiba quais são as mais escolhidas no Brasil e suas vantagens e desvantagens. Pensando nisso, separamos neste post informações sobre os tipos de carga mais populares entre os caminhoneiros brasileiros. Confira!

1. Cargas secas

As cargas secas são itens industrializados e não perecíveis. Muitos desses produtos são importantes no dia a dia da dieta dos brasileiros, sendo alimentos de consistência seca e com longo prazo de validade. Podemos citar: milho, macarrão, cereais, café, fubá, polvilho, óleo, leite em pó, biscoitos, achocolatado, açúcar, farinha, feijão, pipoca e soja como exemplos de cargas secas.

O interessante é que esse tipo de transporte pode ser realizado independentemente da estação do ano ou do clima da região, além de ser de fácil armazenamento. Outros exemplos são: encanamentos, madeiras, móveis, materiais para construção e ferragem.

Para tanto, utiliza-se o baú, carroceria útil para transportar sacos, fardos e caixas.

2. Cargas frigoríficas

Nesse tipo de carga, existem tantos produtos perecíveis quanto congelados. Como exemplo de produtos perecíveis estão os alimentos, como frutas e legumes. Nesse caso é preciso que os alimentos sejam mantidos na temperatura adequada, a fim de preservá-los. Dessa forma, o seu transporte por longas distâncias se torna impraticável e é necessário estar atento às normas da vigilância sanitária.

O baú refrigerado, que fica em torno de 0 e -10ºC, é o recomendado para esse transporte. Deve-se investir em um revestimento adequado para o interior do caminhão, e também nas máquinas necessárias para manter a temperatura ideal.

Já nas mercadorias congeladas há a formação de gelo, o que aumenta a sua vida útil e preserva as propriedades. Como exemplo, podemos citar produtos como carne de ave e bovina congelada, e também alimentos industrializados, como o delicioso pão de queijo. Nesse caso, o baú é frigorífico e precisa manter temperaturas entre -15ºC e 20ºC, sendo possível fazer transportes mais longos.

3. Cargas a granel

As cargas a granel costumam transportar grandes quantidades de mercadorias que não vêm em caixas, sacos ou outras embalagens. Normalmente os produtos são comuns em regiões com fazendas, mineradoras e agronegócios. Sendo assim, as principais cargas a granel são grãos, como os de feijão, arroz, milho e soja, além de ferro e outras matérias-primas importantes para a economia brasileira. Nesse caso, essas cargas são chamadas de sólidas.

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Também existem as cargas a granel líquidas. Um exemplo corriqueiro são os caminhões-pipa, que transportam grande quantidade de água. Caminhões com tanques que carregam leite, sucos e outros produtos que não oferecem perigo também se enquadram nessa categoria. Às vezes é preciso que o caminhão seja refrigerado, como no caso do leite.

4. Cargas vivas

As cargas vivas são muito populares, mas exigem cuidado redobrado por parte do caminhoneiro. Além disso, é preciso ter respeito ao bem-estar dos animais. O veículo deve ter entradas de ar, espaço adequado para cada um e carroceria fechada. Afinal, é fundamental que não seja provocado estresse no animal, e que sua segurança e integridade física sejam respeitadas.

As cargas vivas são compostas basicamente de animais, como: galinhas, cavalos, vacas e porcos. Por esse motivo há fiscalização rigorosa e é preciso seguir as normas à risca.

5. Cargas perigosas

As cargas perigosas são materiais que geram risco a saúde das pessoas e ao meio ambiente. Sendo assim, elas devem ser manuseadas e transportadas com imenso cuidado. Além disso, a ONU e a legislação brasileira têm recomendações e regras para essa modalidade, a fim de garantir a integridade física dos motoristas e a segurança nas rodovias.

É necessário, por exemplo, que o motorista de cargas perigosas faça um curso referente ao tipo de mercadoria que carrega, a fim de se informar sobre todas as características, riscos e cuidados no transporte. Os caminhões também devem ser especiais, e devidamente equipados para minimizar os riscos de cada produto — e conter também a sinalização de risco para alertar outros motoristas.

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Entre as cargas perigosas, podemos citar explosivos (fogos de artifício, por exemplo), gases tóxicos (enxofre e amônia), gases inflamáveis (gás de cozinha e o utilizado em produtos do tipo spray), líquidos inflamáveis (como os combustíveis: álcool, gasolina e diesel), petróleo e materiais radioativos (como aqueles presentes em equipamentos hospitalares).

6. Cargas de grande porte

As cargas de grande porte têm conteúdo indivisível e tamanho excepcional. Sendo assim, não podem ser segmentadas e têm pesos e dimensões elevadas. É preciso ter cuidado no manuseio: como são de grande peso, podem causar danos mais graves. Além disso, o caminhão deve ser reforçado e ter tamanho suficiente para esse tipo de carga.

Alguns exemplos são máquinas de construção civil, como: guindaste, vagões, máquinas agrícolas, reservatórios de alimentos, tonéis e transformadores. Como esses produtos têm maior risco, muitas vezes é necessário que o transporte seja feito em conjunto com veículos batedores, a fim de garantir a segurança dos outros automóveis nas pistas.

7. Cargas contendo medicamentos

A indústria farmacêutica é muito forte no Brasil. Sendo assim, há intenso transporte de medicações de todos os tipos pelas rodovias. Como há várias exigências legais, esse é um processo burocrático, mas com pouca concorrência. Em alguns casos pode ser necessário ter veículo refrigerado.

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Como visto, há diversos tipos de carga. É preciso que o caminhoneiro procure saber a fundo sobre o que transporta, a fim de evitar problemas com a legislação e imprevistos durante o trajeto. Além disso, as exigências e prazos de cada carga são diferentes, e devem ser levadas em conta na hora da escolha.

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