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Imagine só viver viajando, conhecendo lugares diferentes a cada dia, pessoas novas… Parece uma vida boa e atraente. Mas nem sempre é só alegria, viu? E na maioria das vezes, não é. Viver viajando envolve deixar a família, perder bons momentos do crescimento dos filhos e sentir muita preocupação quando se está longe — fora os perigos de enfrentar as estradas brasileiras. Essa é a realidade de quem é pai caminhoneiro, uma profissão que mistura boas doses de saudade e perigo.
Nunca é fácil ter que viajar quando se tem filho pequeno: perder os aniversários, as primeiras palavras e os passinhos é uma ausência impossível de repor. Sem contar a angústia que se sente quando o filho fica doente em casa ou quando a esposa está esperando o bebê. Parece que a tranquilidade só é possível quando você chega em casa, mas ela vai embora assim que pega a estrada mais uma vez.
Você, que é caminhoneiro, vive essa realidade todo dia ao sair de casa. A saudade bate forte demais, confere? Só você sabe quais momentos perdeu com a família. Por isso, conhecer a história de outros colegas de profissão mostra que todos estamos no mesmo barco e ensina ainda que, no passado, a questão da saudade foi até mais complicada. Vamos nessa?
Ser pai caminhoneiro e a rotina de viajar pensando na volta
Alexandre Aparecido, estradeiro há 17 anos, não nega as vantagens de ser caminhoneiro: “meu interesse vem desde criança, porque meu pai e irmão tinham essa profissão. O que é prazeroso, para mim, é conhecer novos lugares, tenho paixão por viajar! Ainda mais trabalhar numa empresa como a Rodojacto, que nos dá todos os recursos necessários para viajar em segurança”.
Mas, apaixonado pela família como é, sabe que toda ida é uma dor no coração diferente. “Às vezes, fico uns dez dias fora e bate muita saudade, eu sou apegado demais a eles”, conta o caminhoneiro que, toda vez que encara a estrada, deixa em casa a esposa e três filhos, um menino de 16 anos e duas meninas, de 13 e 11 anos de idade.
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Para Daniel Honorato, há oito anos na profissão e pai de duas crianças — um menino de 10 e uma menina de um ano, a rotina acaba fazendo muito falta. “A pior parte é perder as coisas do dia a dia mesmo. Não poder estar com eles. Uma vez, eu cheguei um dia depois do aniversário do meu filho. Sem contar que estava fora quando ele foi fazer uma cirurgia. A sorte é que não foi uma cirurgia muito grave, mas estar longe aumenta a preocupação”, relembra.
Hoje, Daniel tem mais tempo com os filhos. “Antes, eu ficava perto de casa, mas praticamente não vivia, porque chegava à noite e já saía na madrugada. Agora, melhorou, fico mais dias fora, mas, quando chego em casa, tenho mais tempo com a família”.
Segunda chance para aproveitar o crescimento dos pequenos
Tanto Nivaldo Simões quando Edimar Loli, que tem muito tempo na profissão, perderam o crescimento das crianças. Edimar tem um casal de filhos: o homem, com 32 anos, e a mulher, com 28 anos. “Eu perdi todas as festas de aniversário e não vi o crescimento deles, não pude acompanhar nada”, relata.
Por muito pouco, ele quase perdeu o nascimento da filha: “cheguei em casa de uma viagem e já fui correndo com minha mulher para a maternidade. Minha filha estava para nascer!”. Nesse caso, ele pode contar com um bocado de sorte. Mas não é sempre que ela acompanha os estradeiros…
Já aconteceu de Edimar ter que viajar sabendo que o filho estava enfrentando uma meningite, por exemplo. Pesado, certo? “Nessa época, eu estava em casa, mas, quando tive que viajar, fui desesperado de verdade, o coração estava na mão”, o estradeiro relembra.
Para Nivaldo, que está no segundo casamento, perder o crescimento dos filhos foi complicado demais: “eu perdi tudo de verdade, não acompanhei nada, porque, na época, ficava muito tempo fora”, conta. Hoje, pela Rodojacto, ele fica fora de casa cerca de dois a três dias, o que já ajuda demais.
Agora, você está perguntando: e quanto a segunda chance? Edimar já tem um casal de netos e, como também fica menos tempo longe de casa graças às vantagens da Rodojacto, ele está participando bem mais da criação deles. Nivaldo, casado pela segunda vez, teve uma filha, que está com três anos. “Está sendo totalmente diferente: o que não tive com os outros, estou tendo agora”. A vida sempre dá um jeito, não é?
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Ainda bem que existe a tecnologia!
Com os avanços tecnológicos e os smartphones, ficou mais simples falar em casa e até ver os filhos, o que dá uma boa amenizada na dor da distância. “Faço ligação telefônica a toda hora, é só bater a saudade que eu ligo, inclusive ligação de vídeo também para eu vê-los”, conta Daniel.
Alexandre é fã do WhatsApp nesses momentos: “uso direto! A não ser quando eles estão na escola! Hora do almoço, por exemplo, que eu sei que eles estão em casa, eu aproveito para perguntar como foi o dia na escola”. As conversas também são mais sérias: “aproveito para aconselhar, porque sei que estou afastado e eles podem ter influência ruim na escola, em relação a drogas e tudo mais. Eu gosto de aconselhar sempre”, conta o pai caminhoneiro.
Mas e antes da tecnologia?
Hoje, as formas de comunicação são variadas, e é bem mais simples receber informações da família. Basta um WhatsApp para aplacar parte da angústia de estar longe de casa, como vimos acima. Porém, essa é uma realidade recente — até porque a popularização de celulares é algo que tem cerca de 20 anos. Então, o que se fazia antes? Como saber se a família estava bem?
Para o estradeiro Edimar Loli, o jeito era encontrar orelhões pelo caminho. “Eu ligava pelo orelhão uma vez na semana ou, então, quando encontrava um pelo caminho. Tinha que ser, era por lá para aproveitar e saber da família”, conta o motorista.
E não bastava encontrar o orelhão. A ligação precisava ser em um momento no qual a esposa ou ao menos alguém da casa pudesse atender o telefone fixo. Caso contrário, conversar com a família seria possível só na próxima parada! E vai saber quando seria…
Muita confiança na criação
Ficar fora por períodos longos é apostar na boa criação das crianças. “Graças a Deus, eu não tenho dor de cabeça com meus filhos. Desde criança, eles sempre foram criados num ambiente bom. Quando eles fazem algo errado, eu procuro conversar — nunca grito. A minha relação com eles é mais de respeito. Eu os ensino a respeitar, não a sentir medo”, diz Alexandre.
A ajuda da companheira também conta muito. Parceira, certo? “Minha esposa é um amor de pessoa, tem uma paciência enorme. Ela foi criada em roça a vida inteira e trabalha como seringueira. Meu menino, quando sai da escola, a ajuda e, com o dinheiro que ganha, ele compra o celular, a bicicleta… Assim, já aprende a ter responsabilidade”, revela Alexandre.
Edimar também reconhece o apoio sem igual da esposa, que ficava a maior parte do tempo sozinha com o casal de filhos: “Ela foi guerreira, educou e fez tudo sozinha. Quando eu viajava, sabia que eles estavam bem-cuidados. Isso dava mais tranquilidade para seguir nas estradas”, afirma.
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Pai caminhoneiro, filho caminhoneiro
Não necessariamente. Pelo menos, no que depender dos pais deste texto. Isso porque, ao sentirem na pele todos os desafios em ser um profissional do transporte rodoviário de cargas, preferem outra realidade para os filhos.
“Meu filho, estradeiro? Só se não tiver jeito mesmo. Prefiro que ele vá estudar. Eu tive oportunidade de fazer outra coisa, mas não quis, porque eu gosto da profissão. Mas, para o meu filho, eu não quero isso, não”, diz Daniel.
Para Alexandre, a realidade é bastante parecida: “eu ficaria com o coração apertado vendo meu filho passar por todas as dificuldades que eu passo. Ele pode ser melhor que eu, fazer uma faculdade — eu nunca tive essa oportunidade”.
No caso de Alexandre, que perdeu o pai muito cedo, trabalhar no transporte rodoviário de cargas veio como a forma mais simples de poder ajudar toda a família que passava dificuldades na época.
Edimar comemora o fato de que nenhum dos filhos teve interesse em se tornar motorista de caminhão: “graças a Deus, nenhum deles se interessou”. Nivaldo foi ainda mais taxativo: “eu disse que ele poderia seguir em qualquer profissão, menos caminhoneiro, é muito sofrido e perigoso. Hoje, ele trabalha em um supermercado da cidade e está bem!”.
Melhores condições aos estradeiros, um desejo de todos
Estradas perigosas, motoristas imprudentes e condições extremamente cansativas: Alexandre, Daniel, Edimar e Nivaldo sabem das dificuldades da profissão e prezam por serem colaboradores da Rodojacto.
“Para mim, o salário está bom, mas tem motorista que ganha muito pouco — diferente de nós aqui, da Rodojacto, que recebemos hora extra certinha. Tem uns coitados que precisam rodar dia e noite pra ganhar um salário pequeno, dá até dó”, conta Alexandre.
Daniel reforça a questão: “aqui na empresa, ficamos poucos dias fora. Mas tem muita gente, fora da Rodojacto, que fica 30, 40 dias fora e não tem um respaldo de salário, nada! Sem contar que os caminhões nos quais trabalham são muito velhos”.
A questão do exame toxicológico é um ponto importante apontado por Nivaldo Simões. Segundo ele, o exame deveria ser feito até com maior frequência. “Tem novato na profissão que não quer parar nunca e abusa de substâncias ilícitas. Isso é um perigo para a gente, que trabalha certinho”. Atualmente, esse exame tem a durabilidade de 90 dias e pode indicar o consumo de substâncias ilícitas em um período de 90 a 180 dias.
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Estar amparado conta muito (ameniza a saudade)
Hoje, existem tantos estradeiros quanto antes? Os jovens têm se interessado pela profissão? Para Nivaldo, as dificuldades da profissão não estão atraindo tantos motoristas como antes — o que, por si só, já é um fator que deve ser encarado para que ocorram as melhorias. Até porque, o transporte de mercadorias, no Brasil, é feito majoritariamente via estradas. “Tem muita gente que não nos valoriza ainda”, desabafa.
Contar com uma empresa parceira, que dá infraestrutura, paga as horas extras e é honesta com o motorista faz toda a diferença no dia a dia de trabalho. Além de garantir que o profissional se sinta amparado quando está na estrada.
Acidentes podem acontecer a todo momento, mas, quando há proteção, a tranquilidade é maior. Edimar se sentiu plenamente seguro quando se viu envolvido em um acidente causado por outros motoristas. “Dois carros disputavam um racha na pista e bateram a 180 km/h na frente do meu caminhão. Felizmente, consegui frear a tempo: quando bateram em mim, eu já estava a 40 km/h”. A ajuda da Rodojacto foi imediata: “eles mandaram um carro para me buscar no mesmo momento”.
A profissão de estradeiro é extremamente importante em um país com dimensões tão grandes como o Brasil. Sem o esforço dos motoristas de caminhão, é certo que o país pode parar. Quando se é pai caminhoneiro, juntam-se todas as dificuldades da profissão, como estradas ruins e imprudência de terceiros, à saudade enorme da família — não é nada fácil perder o crescimento dos filhos! Sem contar a angústia de partir e deixar as pessoas amadas em casa. Por isso, contar com uma empresa parceira é essencial.
“As outras companhias poderiam se basear no exemplo da Rodojacto, que cuida da nossa saúde e nos dá todo o suporte”, aconselha Alexandre. Edimar ainda comenta que ficar longe de casa é uma realidade da profissão, mas bem mais fácil de encarar quando se tem apoio da empresa: “se você trabalha certo, não tem problema nenhum e tem total apoio! Quando a empresa precisa de nós, dá até gosto ajudar e não dói tanto ficar longe de casa”.
Você, que está nessa profissão tão importante ao desenvolvimento do país, pode contar com a Rodojacto para mais segurança em contratos, infraestrutura e pagamento. Aproveite para entrar em contato conosco agora mesmo!
Legenda da foto: Funcionário da Rodojacto, Pedro Antônio e família.
Categorias: Vida de caminhoneiro