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Qual é a diferença entre o frete CIF e frete FOB? Entenda!

Qual é a diferença entre o frete CIF e frete FOB? Entenda!

Frete CIF e frete FOB, qual é melhor? Escolher entre essas duas modalidades oferecidas pelas transportadoras é uma decisão que precisa ir além do valor cobrado por elas. Como a burocracia é grande no Brasil, é essencial garantir a qualidade e a competitividade. É por isso que a gestão de frete se tornou uma função cada vez mais estratégica no segmento de transportes.

Diversos fatores devem ser considerados, entre eles o prazo de entrega e a reputação do entregador. Saber de quem é a responsabilidade por esse serviço e quem vai pagar por ele é muito importante para compreender como os fretes funcionam.

Quer aprimorar seus conhecimentos sobre CIF e FOB? Então continue lendo este post e confira!

O que é frete CIF e quem paga por ele? 

CIF é a sigla para cost, insurance and freight, que significa “custo, seguro e frete”, em português. Trata-se de uma modalidade de frete na qual os custos envolvidos na entrega de um produto ficam por conta do vendedor. Por isso, também é chamado de “frete pago na origem”.

Além de ser responsável pela entrega, o vendedor também assume a tarefa de lidar com os riscos e imprevistos que podem surgir ao longo do período de entrega da mercadoria.

O que é frete FOB e quem paga por ele?

FOB significa free on board ou “livre a bordo”, em tradução literal. É um tipo de frete no qual o comprador fica com a função de pagar pelos custos de transporte, como seguro e impostos.

Para o vendedor, a sua relação com o produto é encerrada após a finalização da compra. Geralmente, a carga comercializada possui um alto valor agregado ou é muito volumosa e, para o comprador, é mais seguro e viável que ele fique responsável pelo material.

Para realizar essa tarefa com a segurança e a eficiência desejadas, o comprador contrata empresas especialistas em movimentação de mercadorias, as transportadoras.

Dica: O que você precisa saber sobre o pagamento eletrônico de frete?

Como os custos são especificados na NF-e?

CIF e FOB também fazem parte dos INCOTERMS — Termos Internacionais de Comércio, em português. Trata-se de um conjunto de normas que regem e ajudam a coordenar as negociações comerciais.

CIF

Nessa modalidade, o preço do frete é incluído no valor dos produtos. Por isso, a guia repassada ao cliente é única. Recolhe-se o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que também é informado diretamente na nota fiscal (detalhando a quantia referente à entrega), ou coloca-se o valor separado em um campo indicado para esse fim.

FOB

Fica a cargo do comprador e, por esse motivo, não é adicionado no preço da mercadoria, tornando necessário especificar essa condição na nota fiscal. Nesse caso, o valor do FOB é incluso na base de impostos.

Independentemente da opção escolhida, ela é somada ao valor da NF e adicionada nas cobranças de diversos tributos, como PIS, COFINS, ICMS e IPI.

Qual frete escolher para o seu negócio?

Não existe uma regra. As duas modalidades têm seus prós e contras, e são aplicadas de acordo com a estratégia da empresa que contrata o transporte do seu caminhão. Ou seja, a escolha é feita com base no tipo de produto, bem como nas características do negócio e de seus clientes.

Se o empreendimento atua com mercadorias de baixo valor agregado, pequenos volumes, múltiplas entregas e a sua clientela é o consumidor final, o mais indicado é o CIF. Porém, se a companhia vende para outras empresas e não pode sofrer o risco de desabastecimento de matérias-primas, por exemplo, o FOB é a melhor escolha.

Algumas organizações podem optar pelas duas categorias e, nessas situações, utiliza-se o critério de escolha conforme as particularidades de cada um. Isso também é usado para criar diferenciais competitivos no mercado comercial.

No nosso país, o INCOTERM mais comum é o CIF, pois ele traz algumas vantagens tentadoras. Veja abaixo:

Para o vendedor:

  • transmite maior segurança ao cliente;
  • entregas podem ser acompanhadas por rastreio;
  • simplifica o processo de compra para o consumidor;
  • oferece um serviço de qualidade e pode elevar a satisfação do cliente.

Para o cliente:

  • menos burocracia na hora de comprar;
  • não necessita de equipe logística para controlar os recebimentos;
  • custos menores pela dispensa de gerenciamentos logísticos;
  • segurança no recebimento do produto;
  • qualquer atraso ou problema é resolvido pelo vendedor.

Dica: Tipos de caminhão para frete: qual é o ideal para sua carga?

Por que o monitoramento de fretes é um desafio?

Fazer uso do rastreamento é essencial para manter as mercadorias seguras durante o trajeto e deixar os compradores informados sobre sua movimentação — especialmente quando se refere à malha rodoviária brasileira, que constitui a maioria dos transportes de cargas.

Ainda que o frete CIF não ofereça obrigatoriamente o acompanhamento durante o trajeto (ficando a cargo do comprador), isso muda quando se trata de consumidores de lojas virtuais (e-commerce), que têm o hábito de solicitar os números de rastreio para monitorar suas encomendas.

Manter o público ciente de todo o processo — e resolver problemas com antecedência — é um diferencial que tem colocado alguns varejos virtuais em destaque, fidelizando compradores já insatisfeitos com os sistemas de entrega. É por isso que incorporar esse recurso é tão importante hoje em dia.

Em caso de transportadoras próprias e alguns caminhoneiros autônomos, a utilização de um programa de gestão de transporte é essencial para administrar todo esse processo. Além de acompanhar o trajeto, a ferramenta também gera relatórios completos das entregas.

Focar na resolução de ocorrências é fundamental para que as empresas envolvidas evitem problemas com as entregas. Uma conduta bastante comum entre as partes é prever e notificar com antecedência os clientes sobre imprevistos (eventualidades) como atraso, furto ou perda de encomendas.

Além de demonstrar franqueza e cuidado com o pedido do consumidor, essa conduta reduz o número de reclamações. Estar atento às ocorrências que podem comprometer o frete é fundamental para o sucesso da operação.

Quem paga pelos fretes?

O frete CIF se diferencia do FOB também em relação ao pagamento, porque nele os custos sobre a movimentação das cargas são de responsabilidade da fornecedora, ou seja, da empresa que vai remetê-las. Também vale destacar que o pagamento do seguro que contempla os produtos é feito na origem.

A empresa que fornece o produto deve pagar o frete CIF na origem do transporte, ou seja, quando é feita a coleta dos materiais. Por isso, o gasto do frete, o custo com seguro e o valor dos itens estão inseridos no preço de venda destinado aos consumidores.

Já com relação ao frete FOB, o cliente paga as despesas com frete e seguro das mercadorias. Esse pagamento é realizado, em geral, com a chegada do item no destino combinado entre as partes.

Um bom exemplo de frete FOB é o caso do “Frete a Pagar” dos Correios, em que o cliente final deve pagar pelo serviço no momento de receber o produto, independentemente de ser o remetente ou o destinatário que contratou o serviço.

Entenda mais detalhes sobre fretes

Um bom conhecimento sobre o frete CIF e o FOB contribui bastante para um caminhoneiro entender como uma transportadora pode aperfeiçoar os serviços e contar com uma logística de alto nível.

Para ajudar você a visualizar isso com mais clareza, vamos apontar aspectos importantes do gerenciamento de fretes. Acompanhe!

Gestão de Fretes

Ao conhecer qual é a melhor opção de frete para transportar uma mercadoria, é mais fácil adotar estratégias com mais foco na fidelização dos clientes.

Além disso, há um maior cuidado em evitar erros que prejudiquem, por exemplo, o prazo de entrega. Um bom gerenciamento também ajuda a saber qual modalidade de frete está mais adequada com o perfil do público-alvo.

No caso de um consumidor comum, é bastante complicado ele adquirir uma mercadoria por um valor considerado acessível, mas ser obrigado posteriormente a pagar pela entrega, caso seja aplicado o frete FOB.

Ou seja, há um custo que teoricamente não era esperado, o que gera um incômodo entre a empresa e o cliente. Essa situação poderia ser facilmente evitada, caso fosse adotado o frete CIF.

Uma boa gestão de fretes minimiza esses problemas e colabora para que a transportadora tenha uma dinâmica de trabalho mais eficiente, o que dá mais condições para um caminhoneiro fazer entregas ágeis seguindo as melhores práticas do mercado.

Cálculo dos custos

Um ponto que deve ser destacado é que, no CIF, o valor do frete está inserido no custo da mercadoria, sendo repassado ao consumidor de maneira global. Com relação ao ICMS, o fornecedor pode informar que o frete é CIF, além de citá-lo na nota fiscal.

Com esse procedimento, a empresa custeia o valor do frete e evita que sejam repassados gastos extras para um cliente. Isso é uma forma de prevenir problemas e de aumentar a satisfação pelos serviços prestados. 

Já o frete FOB não está incluído no preço da mercadoria. Por isso, é necessário que tenha o valor informado na nota fiscal. Assim, ele faz parte da base de cálculo de alguns impostos, como:

  • Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS);
  • Programa de Integração Social (PIS);
  • Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
  • Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

Dica: O que deve ser levado em conta na proposta de frete

Quais são as diferenças entre frete CIF e frete FOB? 

Frete CIF e frete FOB são duas modalidades de frete com características distintas. Veja, a seguir, um resumo com as principais diferenças listadas no texto:

Quem paga

No frete CIF, quem assume os custos é o vendedor. Contudo, vale lembrar que esse valor pode ser incluído no preço do produto repassado ao consumidor, uma estratégia muito comum das empresas.

Já no frete FOB, quem paga os custos é o comprador, que também executa a função de retirar a mercadoria, contando com o serviço de uma empresa especializada.

Quem transporta

No frete CIF,  o vendedor é encarregado de definir a forma com que o produto vai chegar ao cliente. Já no frete FOB, esta tarefa é realizada pela transportadora que, geralmente, já é uma empresa de confiança do comprador.

Para quem é indicado

O tipo de frete depende do modelo de negócio da empresa e da negociação entre as partes envolvidas na relação comercial.

E o rastreamento?

No frete CIF, o vendedor apresenta um código de rastreamento ao consumidor, e ambos podem monitorar a entrega da mercadoria. Já no frete FOB, o rastreamento é realizado pelo comprador, que deve verificar junto à transportadora a oferta desse dado no serviço de entrega.

Importância da análise e planejamento

Independentemente da modalidade de frete escolhida pela transportadora, o planejamento é peça-chave para os caminhoneiros terem mais chances de oferecer serviços de alta qualidade. 

Também é essencial que haja uma dimensão dos custos que envolvem os tipos de frete. Essa postura colabora para um gerenciamento mais eficiente da logística, o que minimiza o risco de atrasos nas entregas para o público-alvo.

É um grande desafio manter um padrão de excelência nos serviços. Contudo, esse objetivo pode ser perfeitamente concretizado, desde que haja uma análise precisa da demanda e da capacidade de uma empresa atendê-la com maestria.

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