Depreciação de frota: o que é e como é calculada?

A depreciação da frota de caminhões é um desafio enfrentado diariamente pelas empresas de transporte. À medida que o tempo passa e que as circunstâncias inerentes ao trabalho realizado por esse modal vão acontecendo, o preço do caminhão vai caindo, ligando o alerta de que, em breve, será preciso renovar a frota.
O cálculo de depreciação foi pensado para ajudar o proprietário a se preparar para a substituição do veículo. Vamos aprender como fazer essa conta?
A depreciação é a desvalorização de um bem, um fenômeno que acontece ao longo do tempo e de acordo com algumas variáveis atreladas ao uso do objeto.
Na depreciação do caminhão, a desvalorização já começa quando ele sai da loja e ganha as ruas. Essa redução de valor se expande com o envelhecimento do veículo, falta de manutenção, acidentes, dentre outros eventos que conheceremos melhor mais adiante.
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Como vimos, não existe uma única causa da depreciação do caminhão. Na verdade, trata-se de um conjunto de fatores que influenciam na desvalorização do veículo. Confira quais são:
Quanto mais antigo o veículo, maior a tendência de depreciação. Isso acontece devido ao desgaste natural provocado pelo uso contínuo do meio de transporte.
Os veículos que acumulam mais quilômetros rodados, geralmente, sofrem maior depreciação, pois o desgaste mecânico e a exposição ao ambiente e às variações do clima aumentam.
Essa constatação é ainda mais perceptível nos caminhões, que, mais do que meios de transporte, são ferramentas de trabalho e estão em uso contínuo, o que acelera os riscos de avarias.
A manutenção é o momento de averiguar a situação geral do caminhão e a qualidade das suas peças, sistemas e engrenagens. A partir dessa inspeção, são feitos os reparos e as substituições necessárias para que o veículo continue com um bom desempenho.
Quando a manutenção não acontece com a periodicidade correta, o veículo sofre com degradações, o que reduz automaticamente o seu valor de mercado.
O avanço da tecnologia e a implementação de recursos e acessórios avançados na fabricação de novos modelos de caminhões podem fazer com que veículos antigos percam valor mais rapidamente, especialmente quando essas inovações são voltadas para a segurança e entretenimento.
Veículos mais antigos podem depreciar mais rápido devido à evolução das normas ambientais, tornando os modelos recentes mais eficientes e ambientalmente amigáveis.
No mercado, já é possível encontrar caminhões elétricos, que funcionam à base de eletricidade, e veículos que trocaram o combustível fóssil pelo biocombustível, produzido por fontes renováveis e sustentáveis.
À medida que essa tendência evolui e se estabelece, os caminhões que não atenderem à demanda serão considerados obsoletos e pouco viáveis para uso profissional.
Veículos danificados em acidentes, mesmo quando reparados, podem sofrer uma depreciação mais acentuada devido às preocupações com a integridade estrutural.
Caminhões com reparos podem ter o seu desempenho comprometido e podem estar mais suscetíveis a acidentes causados por falhas mecânicas, o que afasta os interessados na comercialização desse tipo de veículo.
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O cálculo da depreciação oferece previsibilidade ao proprietário do caminhão. Ou seja, ele terá uma ideia aproximada de quando precisará trocar seu veículo, com base em dados consistentes e reais.
Com essas informações em mãos, ele poderá criar um planejamento e pensar em estratégias vantajosas para adquirir um caminhão mais moderno e mais valorizado do que o seu veículo atual.
Para calcular a depreciação do caminhão, pode ser usada a tabela de depreciação criada pela Receita Federal, que estipula uma redução de cerca de 20% do valor total do veículo a cada ano de sua vida útil.
Há também o cálculo gerencial, o mais utilizado pelas empresas e que usa a seguinte fórmula:
depreciação = valor da compra – valor da revenda / tempo de uso (meses)
Veja um exemplo:
Valor da compra: R$ 300.000
Valor da revenda: R$ 200.000
Tempo de uso: 60 meses
depreciação = 300.000 – 200.000 / 60
depreciação = R$ 1.666
O valor final é o quanto o caminhão deixa de valer a cada mês, ou seja, é o que deve ser abatido do valor inicial de compra e que pode ser usado como valor atual do veículo.
A tabela Fipe também pode ajudar a chegar em um valor mais aproximado.
Outra informação a ser considerada é a vida útil do caminhão, já estimada pelo fabricante e que serve de orientação para a revenda e cálculo de depreciação.
A depreciação é um fenômeno inevitável. Mesmo assim, existem algumas medidas que podem ser tomadas para reduzir seu desenvolvimento.
Confira algumas dicas para evitar a aceleração da depreciação do caminhão:
O caminhão deve passar por revisão e manutenção preventiva regular, ou seja, periodicamente. O intuito é mantê-lo em boas condições de uso, com peças e sistemas em bom funcionamento, sem falhas ou inconsistências.
É muito importante que o caminhão esteja com o registro à disposição. Outros documentos também são importantes, como a descrição dos serviços executados no veículo e as datas das revisões.
O objetivo é ter uma comprovação prática e real de que aquele veículo tem boa procedência, foi bem cuidado ao longo da sua vida útil e atende às regulamentações existentes.
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É fundamental que o motorista atue com responsabilidade, adotando boas práticas ao volante e investindo em direção defensiva. Evitar manobras arriscadas, freadas bruscas, excesso de carga e má distribuição de mercadorias são algumas ações eficientes para o uso responsável do caminhão.
Com um gerenciamento eficiente de rotas, é possível, sim, criar percursos otimizados e diminuir a quilometragem excessiva.
A ideia aqui é pensar em estratégias para tornar os caminhões mais eficientes em suas viagens, optando por trajetos mais rápidos e seguros, que demandam menos tempo nas rodovias e menos quilômetros rodados.
A depreciação é um fenômeno natural já esperado pelos proprietários de caminhões, que utilizam esse veículo como instrumento de trabalho todos os dias. Por isso, como não é possível evitá-lo, podemos tentar retardar os seus danos e identificar de forma mais precisa quando será preciso substituir o veículo. O cálculo de depreciação confere previsibilidade a essa tarefa.
A Rodojacto está sempre atenta à necessidade de modernização de seus veículos e, por isso, investe em renovação de frota, manutenções regulares, tecnologia e treinamento da equipe, para garantir caminhões com o máximo de desempenho.
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