Vida de caminhoneiro

Os 11 principais desafios de caminhoneiros autônomos!

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Quem trabalha com transporte rodoviário de cargas sabe o quanto a profissão pode ser difícil no Brasil. Apesar de a maioria das mercadorias brasileiras ser movimentada pelas estradas, as condições de rodagem e os baixos valores pagos pelos fretes são apenas alguns dos desafios de caminhoneiros no país.

Além disso, os custos são altos e as viagens, muitas vezes, longas. Isso tudo somado faz com que os profissionais autônomos passem tempo demais trabalhando e fiquem pouco em casa para aproveitar o lucro que conseguem.

Mas saiba que é possível amenizar as dificuldades e ter uma qualidade de vida melhor. Para ajudar você a enfrentar as dificuldades do dia a dia e desfrutar dos prazeres de ser caminhoneiro, separamos abaixo os 11 principais desafios da profissão com dicas para superá-los. Confira!

1. Roubos e furtos

Roubos e furtos, tanto do caminhão quanto das cargas transportadas, são preocupações constantes para caminhoneiros. Afinal, o policiamento precário de grande parte das estradas faz delas locais propícios para esses crimes.

Nesse cenário, o ideal é manter o seguro veicular em dia e estar sempre com a carga segurada. Além disso, planeje suas viagens para evitar locais perigosos já conhecidos, desconfie da aproximação de estranhos nas suas paradas e jamais dê caronas.

2. Más condições das rodovias

Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostrou que cerca de 62% das rodovias do país estão em condições irregulares. Ainda, constatou-se que os custos do transporte, bem como o risco de acidentes, aumentam conforme diminui a qualidade da via.

Ou seja, para maior lucratividade e segurança, é preciso planejar as rotas, pesquisando alternativas para os piores trechos. Em alguns casos, trajetos mais longos podem ter melhor custo-benefício.

E em qualquer situação, lembre-se sempre de adotar uma postura defensiva no trânsito.

Dica: Frete de retorno — como evitar que seu caminhão viaje sem carga?

3. Preço elevado do combustível

Os valores praticados pelos postos de combustível estão fazendo com que muitos profissionais tenham prejuízo nos fretes.

Assim, para reduzir o consumo do seu “bruto”, as melhores dicas são:

  • mantenha as manutenções em dia;
  • esteja sempre com os pneus calibrados;
  • escolha os locais de abastecimento com antecedência;
  • dirija defensivamente, evitando acelerações e freadas desnecessárias.

4. Baixos valores dos fretes

A queda no volume de serviços nos últimos anos gerou uma maior concorrência entre os caminhoneiros, que está fazendo os valores dos fretes caírem.

Para fugir dessa disputa, o melhor é buscar alternativas para trabalhar, como agregar-se a uma empresa transportadora ou utilizar um aplicativo de busca de embarcadores, para ter acesso a mais oportunidades e conseguir fretes de retorno.

5. Longos períodos longe de casa

Como as distâncias no país podem ser grandes e as condições das estradas são ruins, as viagens acabam demorando mais do que deveriam. Isso, além de aumentar os custos do frete, faz com que o caminhoneiro fique longe da família por longos períodos.

A melhor alternativa seria pegar somente serviços para distâncias mais curtas. Mas como isso nem sempre é possível, pode-se usar a tecnologia para participar mais do cotidiano do lar, conversando com todos por meio de aplicativos de mensagens ou de videochamadas pelo smartphone, por exemplo.

6. Cuidados com a saúde

Caminhoneiros passam muito tempo sentados, dormem pouco e nem sempre têm acesso a uma alimentação balanceada. Além disso, são poucos os profissionais que dão atenção para sua própria saúde.

Para evitar problemas maiores, é preciso somente adotar alguns hábitos, como:

  • tentar parar a cada duas horas, pelo menos;
  • fazer exercícios e alongamentos nas paradas;
  • dormir cerca de oito horas;
  • comer menos frituras e gorduras;
  • usar protetor solar;
  • tomar bastante água, água de coco e sucos;
  • fazer checkups regularmente.

7. Custos de manutenção

Falhas ou quebras mecânicas podem aumentar o consumo de combustível, levar à perda de prazos ou da mercadoria e até causar acidentes. Isso sem contar no valor do conserto, pois uma peça danificada acaba forçando outras, e no prejuízo com o caminhão parado.

Por isso, esperar para ir ao mecânico somente quando alguma coisa dá problema sai mais caro do que fazer manutenções preventivas periódicas. Quem opta pela prevenção consegue, no mínimo, 40% de economia.

Dica: Greve dos caminhoneiros: perspectivas do futuro da profissão

8. Trânsito perigoso

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 47 mil pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito no Brasil. O país é um dos campeões mundiais em mortes desse tipo.

E os caminhoneiros, como passam a maior parte de suas vidas profissionais no trânsito, ficam mais expostos ao perigo de acidentes. Por isso, precisam tomar cuidados, como:

  • fazer a manutenção preventiva no caminhão;
  • conduzir defensivamente;
  • nunca usar álcool ou drogas ilícitas durante o trabalho;
  • não dirigir com sono.

9. Falta de pontos de parada

Apesar de ter uma malha rodoviária grande e de 60% de suas mercadorias serem transportadas por ela, o Brasil carece de pontos de parada para os caminhoneiros descansarem em segurança e fazerem suas refeições e higiene com tranquilidade.

A melhor maneira de driblar essa escassez é planejando sua viagem, definindo pontos de parada em locais seguros, com estacionamento para caminhões e programando os pernoites e as refeições.

10. Alto custo de propriedade do “bruto”

O custo de ter um caminhão não está somente no valor das prestações. Além dele, devem ser calculados, também:

  • impostos e licenciamento;
  • seguro veicular;
  • manutenção periódica;
  • depreciação (diferença entre o valor que foi comprado, pelo que ele vale no momento).

Essas despesas devem ser somadas anualmente e divididas por 12, para que seja possível ter uma noção do faturamento mensal necessário para pagar todas as contas e ainda sobrar algum lucro.

E se você for uma das mulheres batalhadoras que trabalham como caminhoneiras no Brasil, além de todos esses desafios em comum com os homens, ainda precisam enfrentar os problemas do nosso último tópico.

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11. Assédio e desvalorização

Por estarem em um meio dominado por homens, as poucas mulheres ficam, muitas vezes, sozinhas, sendo alvos de assédios, inclusive, de alguns colegas menos respeitosos. Além disso, muitos embarcadores ainda têm preconceito para contratar uma caminhoneira.

Infelizmente, não há muito o que fazer além de cercar-se de pessoas confiáveis, buscar contato com outras estradeiras e procurar trabalhar com empresas que reconheçam o quanto as caminhoneiras são eficientes na direção e na manutenção dos seus veículos.

Como deu para perceber, são muitos os desafios de caminhoneiros brasileiros para poderem trabalhar. Com os custos elevados e os valores dos fretes caindo por conta da grande concorrência, é preciso que o profissional esteja sempre cuidando para que problemas sejam evitados e correndo atrás de alternativas para aumentar seu faturamento sem reduzir a lucratividade.

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